terça-feira, 22 de abril de 2014

PATO, O ALEXANDRE, VAI JOGAR MUITO NO SÃO PAULO - POR DAVID CHINAGLIA


Algumas contratações, ao longo da história do Corinthians se tornam polemicas, não tanto por elas em si, mas pela jornada final que lhe é reservada.
O pessímo presidente Mario Gobbi, campeão por acaso, refém de um treinador comum, que com muita sorte venceu uma Libertadores, ganhou de presente um Mundial e foi endeusado por parte de uma fanática torcida.
Porém Tite entrará para a História do Corinthians muito mais pela sua teimosia, arrogância(vide caso apito perdido, relatado pelo André Kfouri, do que pelos méritos na Libertadores 2012.
Quando Alexandre Pato, chegou as hostes alvinegras, os primeiros números falavam em 38 milhões, hoje a contratação passará na ponta final dos 45 milhões.
E o que ele jogou pelo time do povo, nada, digamos quase nada.
O chamado artilheiro dos 60 gols, é um bom jogador, para qualquer clube, menos para o Corinthians, aliás no time do Corinthians teria sido, não fosse Tite.
E porque? simplesmente porque Pato por força de Tite ter se rendido aos jogadores que lhe deram o Mundial, não tinha forças para manter o jogador mesmo atuando mal, ou de forma regular.
No lance do penalti contra o Grêmio, a responsabilidade foi toda de Tite que sabendo da rivalidade entre o jogador e a torcida do Grêmio, seus altos e baixos com a camisa alvinegra não deveria te-lo colocado na cobrança, eu não colocaria, e já falei com técnicos renomados que teriam poupado, o Pato, pois o erro seria fatal como o foi.
Na verdade tudo o Corinthians fez de errado, até sua venda por pressão de organizadas, o jogador não queria sair do time do povo, mas acabou cedendo porque era o São Paulo, e agora Alexandre será grande no tricolor do Morumbi.
Pato, é um cara tímido, joga pelo lado direito do campo, entrando pelo meio em velocidade, o jogador vive do deslocamento do armador, no caso Ganso, precisa do apoio do ala, o que Douglas jogou domingo contra o Botafogo do Rio, foi demais, o espaço se abriu para Pato como nos tempos de Internacional, ora pela direita, ora pela esquerda, as vezes até com a sobra de marcação.
O que é sobra de marcação, um pegava o Luis Fabiano, outro o Ganso, outro o Douglas que vinha de trás, outro o atacante pela esquerda, e ele fica sozinho para receber, parar e pensar, e entregar com os pés como se o estivesse entregando com as mãos.
Pato, está no tricolor achando a tranquilidade que a torcida do Corinthians não deu, achando a tranquilidade que o treinador Tite não lhe deu,  Murici muito mais técnico que Tite, soube como treinar com o jogador, e politicamente o dono do time Ceni, foi se aproximando e deu a Pato o que ele mais sentia falta, carinho, não o carinho do afago, o carinho do respeito, da atenção, do seja bem vindo,  como diria o grande jornalista Luiz Peninha, então moral da história: Pato, vai ser o cara do Brasileirão jogando pelo São Paulo.
Novamente a história vai enquadrar a torcida do Corinthians no velho texto de Armando Nogueira, ou seja torcedor tem que torcer, bater palmas, ou vaiar e nada mais, e se não tiver contente não ir ao estádio simples assim. 
Hoje vemos torcedores mandando mais que diretores, falando em vestiário, e quem tem que sair são os presidentes e diretorias que permitem isto, o clube fica refém de decisões emocionais, e a emoção, bem ela é perene, ela é frágil de mais.
A Pato o que é de Pato, e ao velho mais inteligente Juvenal Juvêncio, o louro desta vitória, na sua despedida do comando do tricolor não só driblou o fraco Mario Gobbi, como deu um lençol em André Sanches, riu de Tite e dos que não entenderam que Pato, precisava só descansar e ser bem tratado, o resto ele sabe fazer e o fará com a gloriosa camisa do tricolor.


David Chinaglia, é radialista,
Corinthiano, e colabora com 
este Blog.

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