Não é segredo para ninguém que acompanha a vida do Corinthians, que Fábio Carille, não é mais o mesmo moço simples de Sertãozinho, ele continua correto, honesto, verdadeiro, só que, ele passou desde o título Brasileiro do ano passado, a enfrentar mais, as dificuldades extra campo.
Amigo torcedor são muitas, as problemáticas fora do campo de treino e jogo, as vezes nem dá para levar ao conhecimento popular o que de fato é a vida de um técnico com sua diretoria e jogadores, não é fácil, é muito complicado, porém existem fatos que se tornam claros com o tempo.
Roberto Andrade, era um presidente que tinha que lidar com sua vida pessoal, profissional, o ex presidente atravessava sérios problemas de saúde, e não queria problemas com a bomba atômica de um clube que é o departamento de futebol, exigiu, e colocou seu homem de confiança que era Alessandro, e com ele conversava, e dava a base do que queria, salvo raras participações, que se fazia necessário como a voz maior de comando do clube.
Andrés Sanches não, ele participa de tudo, delega, mas quer saber de tudo, é muito mais presente junto ao elenco e a comissão técnica, não manda recado, não pede conselhos, se impõe, e em 95% a democracia do atual presidente, é bem como me lembro de meu Coronel no exército, que dizia,:" não discuta, cumpra, que eu digo o que pode ou que não pode."
Sanches é um político a moda antiga no futebol uns dizem que é uma versão melhorada de Eurico Miranda, outros dizem que ele tem em seu DNA uma mistura de Ricardo Teixeira, Eurico Miranda, e Petralia, já outros preferem dizer que ele, Sanches é único.
Dificil avaliar, o momento pedia um presidente que mudasse tudo, que renovasse tudo, que não se importasse com a opinião da torcida, que pagasse tudo, e que priorizasse o financeiro, o administrativo, e fizesse no futebol apenas uns dois anos, de participações.
Ocorre que Sanches, é também torcedor, as vezes mais lúcido, as vezes, tão emotivo como Beto Zini, Marcelo Teixeira, sobretudo Andrés é hoje mais político, tá mais para Antonio Carlos Magalhães do Futebol, mas, seu estilo é diferente destes outros, que passaram pelo futebol, porque acaba no final impondo sua maneira de ser.
Carille não é o cara para trabalhar com Sanches, enquanto os resultados vierem, Sanches,vai como todo bom político levando, enquanto não der de frente com ele.
Sanches vai na cobrança modelo suave, que aliás não é seu ponto forte, e para poder levar sempre estoura com os demais que estão no comando, com outros,digo, se o amigo torcedor me entende.
Desde Fevereiro quando balançou com a proposta de 600 mil reais por mês, do Atlético Mineiro, Carille foi chamado por Sanches, que o desobrigou de recusar propostas, e que teria apoio para estudar, e até sair do clube, da mesma forma que o clube, já não se via preso ao técnico pelo maravilhoso ano de 2017.
Duílio M. Alves ficou com a parte de acalmar o chefe, o amigo e ser a voz entre o alto comando e o técnico, coube a ele a tarefa de tentar com Alessandro, fazer acomodações, entre o que desejava o técnico, e o que manda o presidente,.
Com a nova reformulação que o presidente está fazendo no futebol para 2019/2020, antes de jogadores de nome, Sanches quer revelar, para depois contratar dois ou três jogadores mais famosos e conhecidos.
E vai ser assim, embora ainda dentro do cronograma, Carille, ainda torce o nariz para alguns, e procura no sistema, da concessão, conseguir o que antes era fácil e o que terá que ser feito.
Carille queria renovar com Roberto Andrade, sabia que Sanches seria o presidente, porém era uma renovação de no máximo dois ou três nomes.
Carille foi mudando de acordo com o que o presidente veio se aproximando do futebol, e isto trouxe faíscas.
Matheus Matias, Fessim, Thiaguinho, Bruno Xavier, na verdade dos quatro, Thiaguinho era um nome que o treinador aprovava, e desejava, os demais ele não conhecia, e os DVDs não davam o que ele queria agora, era futuro, ele não queria, e recebeu a informação assim "está contratado".
A própria contratação de Roger, embora com aval do técnico, só aconteceu por ordem de Sanches.
Paulo Pitombeira empresário de Fábio Carille, é também empresário de Arthur Cabral, e Carille demorou para resolver sua posição, quando aprovou 3 dias depois, foram dias decisivos, e levou Sanches a perder o braço de ferro com o presidente do Palmeiras pela contratação, fora que Carille não se envolveu com Pitombeira na questão do Palmeiras, e Arthur, e você sabe, se o chefe quer....
Antes do caso Arhtur veio a consulta de um famoso empresário ligado ao Flamengo por Carille, Sanches vazou de propósito, para tirar o modelo "bom moço" do ar, e fazer o treinador se posicionar publicamente, algo que Carille não gosta, a pedido de Renê Simões, seu atual COACH, que Sanches, aliás, não dá o mesmo espaço que Andrade dava.
Somatórias destas informações, mostram que não existe briga, discussão por um motivo, NINGUÉM, nem jogador briga com Sanches no poder.
Sanches é safo, sabe a hora de abraçar, e digamos sabe a hora de apertar a mão e erguer o volume, e seus pares que ele confia, Luis, Duílio, André, com eles conversa, escuta, chama um outro para ouvir outras opiniões, mas via de regra, é Sanches, quem resolve, se compra, se empresta, se chama atenção, como chama, ou seja, é a moda da casa, á moda Sanches, e quando ele tem que comer um palmito que não seja o dele, torce o nariz.
Carille teve muito espaço com Roberto Andrade, como falamos, os diretores anteriores, da base tinham um respeito maior, e o próprio treinador foi vendo o problema de sempre que vem junto com a base, Fernando Garcia tem seus ouvidos, pessoas que prestam serviços e informações dentro do clube, e Carille não gosta muito.
Carille mantém uma linha mais distante, se fixando com seus pares mais direto, Cuca, Walmir Cruz, Mauro Silva, Fabinho e Osmar Loss, cada um tem sua vida própria depois da saída de Tite, mas todos ficam ligados na vida política do Corinthians que não é fácil assim.
Sanches quer renovar, quer colocar os jogadores novos, já gostaria de ter visto Matias em campo, ele não manda recado por ninguém, fala o que pensa, da mesma forma que acha lento a utilização de novos jogadores, não gosta das repetições de substituições de Carille., então o relacionamento Sanches, tem abraços, risos, fotos, mas tem faíscas sim.
Por Sanches, Marquinhos Gabriel já teria saído, nem tanto pelo que a torcida quer, ou fala, porque ele não vê a mesma evolução, antes dos gols de ontem Dutra vinha sendo muito cobrado, e Carille ficava neste meio de quadra, no calma, do agora não.
Bancou Mantuan, bateu o pé na hora de escalar Pedrinho, foi muito pressionado a escalar o jovem talento, mas não cedeu, só quando quis, só que a vida é tensa entre os dois, todo Mundo sabe, ninguém quer falar abertamente.
Quando um jornalista que lá está escreve, Sanches, já manda: "eu li hein tá mal informado, veja lá o que escreve, ou algo assim...
Não tem briga nem recado como eu disse, porque Sanches, é o tipo de comandante que usa este tipo de artifício, como também não diz quando vai ao jogo, ao vestiário, ou quando quer falar com um jogador, manda chamar e ponto, ou vai e chama, vai e fala e isto não agrada muito ao treinador que gosta de participar de tudo.
Desde a repercusão da ida ao Galo, Sanches, está mesmo sem paciêcia, "se ele tem proposta pode ir, não pago um tostão a mais do que está no contrato, salvo alguma novidade" já foi ouvido por fontes da imprensa, as mais variadas no governo Sanches.
Logo se o Al Hilal, trouxer ao papel os 24,4 milhões e os 11 milhões de luvas, e concordar em levar os 03 companheiros já escolhidos por Carille, ele já é técnico do time Árabe,.
Ah! o fator Pitombeira, bem este o empresário Pitombeira vai pagar pelo preço de ter levado Arthur Cabral para o Palmeiras, até o fim de seus dias, e no vácuo disto tudo, está Fábio Carille que não tem muita habilidade com isto,.
O Corinthians sempre viveu na base do Rei é este, viva o rei, ou como brincam alguns a fumaça branca vai vir, e tanto os gritos " de viva o novo rei, então minhas amigas e amigos agora os gritos vão em direção a Osmar Loss, muito mais pelo caixa do clube do que por convicção de Sanches.
A multa de Mano Menezes, é alta, o saláro também, sem dinheiro Sanches, já abraçou o novo rei, Osmar Loss, querido por boa parte da torcida o moço de Passo Fundo, caminha a passos largos para ser o substituto de Carille.
E para quem vive de Corinthians, no governo Sanches, não há muito o que fazer, até porque o time vence, e o grande eleitorado no Corinthians é sua fanática e apaixonada torcida, o time ganha, então ninguém se erguerá contra o presidente, até porque nem existe ainda um motivo, por hora,.
Agora é o momento em que a torcida também já prepara o seu, "tchau Carille, LOSS é o nosso "novo rei".
Para Osmar Loss um lembre, Sanches, é um administrador, um politico, um presidente que não faz escalas, dita a rota, e mais uma vez conseguirá o que quer, de um jeito ou de outro.
David Chinaglia, 60, é radialista, pesquisador, Assessor de imprensa, é colocaborador deste blog, e atende no davidchinaglia@gmail.com aos leitores.
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