quarta-feira, 4 de novembro de 2015

A CUSPARADA QUE DEU UM TÍTULO - Por David Chinaglia




Amigos do futebol, demorei para escrever novamente sobre bola, estou num ano sabático e de reaprendizado para voltar ao rádio esportivo em 2016, tenho acompanhado o Corinthians e este futebol coletivo magnifico,tudo sobre este Brasileirão, tanto da serie A como B, foi um ano de investimentos nos canais esportivos.


Tenho comigo, que o técnico que todos bajulam, menos eu, porém afirmo que gosto dele, entendo ser um diferencial,  realmente e finalmente AMADURECEU.
O que mais admiro nele, é a teimosia, e a inteligência, o homem que faz como diria Nadir Roberto, do limão azedo, uma doce limonada.


Esta cusparada mudou o jogo de domingo, Tite é para mim um técnico nota 7 para a forma que tenho de ver futebol, ia me dar o seu melhor domingo, e explico porque , conseguiu arrancar deste exigente radialista o seu quase 8,  eu respeito quem dá a ele nota máxima, assim como ele sou perfecionista, e vejo erros para o técnico que todos falam "técnico com padrão Champions".

O campeonato parecia definido 08 pontos, antes do jogo com o Galo, mas, Tite eu e alguns companheiros sabíamos que o Galo tinha um esquema doido que só não deu certo, porque Levir errou na escalação por estar com problemas com Thiago.

Datolo, era a marcação que Tite queria, pois ele precisa trabalhar a bola e precisa de espaço, enquanto o ex jogador do Santos, vai no ponto fraco da ala direita alvinegra, a velocidade, faz rápidas deslocações e permiti que o bom Prato cruze as bolas rápidos ,e se Luan tivesse o companheiro nas deslocações, talvez o jogo fosse outro.

Adenor, é um cara teimoso, mas dedicado, amoroso, mas, ardiloso,  manhoso,dá uma ordem que na verdade quer dizer outra, testa, mexe, mas é irritante com o seu DNA de marcação, e com a questão dos jovens da base que salvaram seu campeonato.
Certo que os Deuses do futebol que clamam ainda pelo ajuste daquele Alemanha 7x1, mexeram no timão, e no futuro do time, que cresce, se a ala política não atrapalhar para ser o maior clube da América Latina, os projetos do time de Parque São Jorge, são maravilhosos.

Voltemos ao jogo...

E assim Adenor que despreza a sorte foi se rendendo ao bom futebol de Arana, ao crescimento de Malcom muito devido a ele e seus conselhos, a contusão de Fagner que não o obedece tanto como Edilson, e assim criou a oportunidade.

E  Tite foi se rendendo, Tite me lembra o agente de Missão Impossível, ou alguém acreditava, que com salários atrasados, jogadores querendo sair, brigas internas, falta de dinheiro, o Corinthians chegaria a algum lugar,tudo foi mérito dele e de sua boa equipe e de seu ótimo preparador físico.
Vamos lembrar que as derrotas alvinegras agudas de 2015 vieram depois de com dois erros dele como treinador, contra o Palmeiras e Guarani do Paraguai, mexeu na escalação e no sistema mantendo o time recuado.

Na mais doída derrota do ano,  por ser contra o Santos paparicado mesmo sem ter uma defesa firme, o bom treinador corinthians tomou um nó tático de Dorival Junior  na Copa do Brasil, que abriu seus alas, meteu Gabigol seu canhoto surpresa aberto e fatal, e fez o ótimo Lucas Lima que quase foi ao timão flutuando em velocidade. Deu no que deu.
Quero dizer aos amigos que muito embora tenha comigo que a derrota da Arena foi um acaso esperado, embora não possa afirmar isto, que o Corinthians seria HEXA CAMPEÃO BRASILEIRO.

De volta a Belô no lindo estádio do América, que aliás, o falastrão Calil deveria construir um para seu time, muito embora não seja mais o presidente.
Me recordo ao lembrar da partida da  triangulação, da velocidade, como o time olhava para seu general, humilhado, sim humilhado por um débil mental Mineiro todo o preparo das velas, da frente galista, era quebrado pois o ser humano Adenor, estava julgado pelo s adoradores do mal a cena em rede Nacional, lembra romanos contra Judeus, não estava o técnico do Corinthians, estava o Brasileiro, trabalhador, honesto, sendo humilhado só por ser bom, e assim toda a concentração da turma de vespasiano se foi e o game foi quebrado, pedaços do brilho do cristal da possível vitória do galo se escoaram, fazendo meu querido Paulo Moraes em seu estúdio no seu lar, com certeza dizer o Corinthians ganhou e a bola nem tinha rolado.


Nadir Roberto, dizia que a deusa branca do futebol,muda seu destino no detalhe antes de rolar se ver injustiça.
Foi como se naquele momento apenas com olhares jogadores Corinthianos cantassem algo parecido com a prece da vitória da Nova zelândia no Rugby.
O cuspe, daquele idiota Mineiro era então o sangue que molhava o caminho para tirar o Atlético do campeonato, de vez,  uma derrota e o tal do eu acredito ia mesmo incomodar, e a raposa Tite sabia disto. Trouxe para o banco os olhares das 18 cameras de TV, dos adversários e de sua equipe, e com isto mudou o rumo emocional, envergonhada a torcida do Galo maneirou na festa de abertura e jogo seria corintiano.

1,2,3 á zero, e não foi mais porque os jogadores quiseram dar olé e mostrar sua superioridade perante o esquema previsível de Levir, que devia ter voltado do vestiário sem um dos seus volantes.
Pois para jogar contra o Corinthians de Tite é preciso velocidade e um meio campo sem volantes, apenas o de marcação, e Levir não a tinha confiança em Ed Carlos, e deu no que deu.

O Atlético devia expulsar o torcedor indigno ser humano não só pela cusparada, mas, por criar o agente motivador que Tite precisava num clássico decisivo onde tudo  era pró  Galo.

E agora ser campeão no Sofá, e daí, o regulamento previa isto, pessoalmente acho que o Corinthians passa de passagem pelo Coritiba abalado em sua crise, e arrisco um palpite, de 5x1, e acredito que o Galo não vence em Floripa, até porque dois vão cair lá pelos lados Catarinenses, e não é o Figueira, um deles.
Então nao vejo o  Atlético bem para este jogo, se o Grêmio vencer em Recife ainda acredito nos sulistas para o vice campeonato.

Tite sim finalmente amadureceu, torce o queixo ainda quando o time não sai do ataque, mas já sorri, porque sabe que finalmente aprendeu a ser matreiro,vibra com Lucca como vibrava com João Paulo,em seu tempo de Guarani de Campinas, e olha não pelo gol, este Lucca é craque e a hora que entrar não sai mais, Tite sente que mesmo que seu DNA seja defensivo, ele pode deixar os meninos sob a tutela do grande Jadson brincarem na frente sobretudo depois que o Corinthians faz 1x0.






O Corinthians é o campeão Brasileiro de 2015 com méritos, estes 3 pontos que faltam para a homologação matemática, são detalhe, que serão resolvidos neste final de semana, até para o bem do clube, dos jogadores, e não condeno diferente da mídia das Tvs á cabo o direito de Adenor de jogar a maior parte dos quatro jogos que restam com uma equipe mista.

É necessário afinal vem ai o Paulista, e as renovações, a Libertadores, e com tudo isto de bom se o time de Messi fizer o que não fez até agora, é bem possível que o sonho de Rivelino aconteça, e antes do Natal Tite esteja na seleção e Murici finalmente dirija o Corinthians como Andrés já queria em 2013.

No entanto uma verdade seja dita, o meio de campo foi fantástico, mas, Tite cresceu, e se melhorou como profissional e finalmente leva do amigo aqui a nota 8, algo que nem na final da Libertadores dei para ele, embora confesse, que as vezes tenho vontade de dizer Gaúcho, tú é teimoso, mas, é danado, parabéns ao técnico do ano, e boa sorte na seleção do Brasil,que é seu destino por merecimento.

Para Tite agora o prêmio é ser o maior da era dos pontos corridos com 20 clubes, passar a frente em todas as marcas, e dizer eu fiz mais do que já tinha feito e sou campeão, Hexa Campeão.

Deixo o fechamento desta matéria com as triangulações, a passagem, os deslocamentos, os acertos de um time fadado a ir muito além de um título.


Que maravilha Corinthians é jogar assim...



David Chinaglia, 57, é mais um radialista desempregado, ainda acreditando em sonhos é um rapaz latino americano, sem dinheiro no bolso, sem parentes importantes e vindo do interior, mas que acredita na magia do futebol, e que um dia os jogadores voltam para casa deixando de ser comentaristas no lugar de profissionais que deram a vida pela informação e pelo futebol do Brasil.
Dedico a meu amado amigo Paulo Moraes, um dos gênios que conheci e que junto de meu pai Nadir era um dos poucos que faziam como eu hoje o faço a leitura do que foi além da imaginação e da visão num clássico que definiu a sorte do campeonato de 2015.

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